quinta-feira, 29 de maio de 2008

OVERTIME 09 - MONCHO

No ar a nona edição do podcast. GP de Mônaco, Uefa Champions League, NBA e seleção brasileira de basquete são os assuntos do OT desta semana.

Ouça pelo blog, ou acesse overtime.podomatic.com

sábado, 17 de maio de 2008

Texto retirado da coluna do Mauro Beting. Seu título é "Entrevista coletiva do técnico derrotado no clássico".

Genial:

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Enquanto isso, no vestiário do time derrotado...

- Professor! Aqui, no fundo... Rádio Difusora de Presidente Timóteo! Por gentileza: o senhor acredita que a derrota por 6 a 1 se deveu à marcação que não encaixou? Faltou mais pegada e determinação para os seus comandados, apesar do excelente trabalho durante a semana?

- Veja bem... Não gosto de falar de arbitragem. Não costumo reclamar dos árbitros. Mas que eles realmente prejudicam o espetáculo, são incompetentes, amadores - para não dizer mal-intencionados e venais! -, isso eles são. Mas, como eu disse, não costumo reclamar desses safados do apito. Embora, hoje, na minha avaliação, os seis gols do adversário foram irregulares. E pelo menos quatro pênaltis ele deixou de marcar para nós.

- Professor, o senhor vai punir Motociclayton, que chutou seis vezes a cabeça do goleiro adversário quando ele estava no chão?

- Não. Esse é um assunto interno. Só não entendi ainda o porquê do árbitro ter expulsado meu atleta. Era um lance difícil, de interpretação. Não vi o Clayton com intenção de agredir o adversário. Foi apenas uma disputa de bola. Até porque o adversário não morreu, pelas informações que recebi agora, do hospital. Foi um lance de jogo, normal. Quem disse que foi violento ou caso de polícia não entende de futebol e nunca chutou uma bola na vida.

- Professor, o senhor se arrepende de ter dado uma tesoura voadora na nuca do árbitro?

- Claro que não. Hoje, no futebol, o árbitro é intocável. Não podemos nem reclamar com ele, muito menos xingá-lo de idiota, cego, ladrão, filho daquilo. Onde vamos parar? Só fui conversar com ele, pedindo para ele mudar de profissão e de país, e ele me expulsa!? Como pode? A minha reação foi a de qualquer profissional sério que trabalha a semana toda com afinco. Não tive intenção de machucá-lo com o meu gesto. Apenas queria que ele me ouvisse. Tanto é que ele realmente falou comigo antes de desmaiar. Veja bem: ele se recuperou meia hora depois.

- Professor, depois da décima derrota seguida, com um saldo negativo de 43 gols, o senhor acha que apenas a arbitragem está contra a sua equipe?

- Claro. Estamos fazendo um excelente trabalho. Tivemos pouco tempo para treinar. Em dez meses não se forma uma equipe. Ainda mais com a arbitragem jogando contra, a federação não dando bola para os nossos protestos, e a imprensa contra o meu trabalho e o nosso time. Mas, tudo bem. Ao menos eu assumo nossos erros.