Só deu Neguette

Nunca ninguém foi tão personagem de um jogo quanto Neguette, no clássico paranaense. No primeiro gol, a lambança 1 - gol contra. Em seguida, o gol a favor - e Neguette sai batendo no peito, mostrando de quem é o jogo; é dele mesmo: no terceiro gol da partida, a lambança 2 - Neguette tenta um improvável drible na saída de bola e...


Atlético PR 2 x 1 Paraná - Brasileirão 2007 - 23/09

Mala preta?

O Guanambi venceu o Lêonico por 10 a 0, justamente o resultado que precisava para conquistar o acesso à primeira divisão bahiana em 2008. O time subtraiu a vaga do Galícia, que já comemorava a classificação. O presidente do Galícia, Raimundo Nonato Reis, solicitará a impugnação da partida aos tribunais esportivos.

Bayern por música

Coisa de craque, o domínio. Luca Toni jogando como nunca. É pena que não veremos o time de Munique na Champions League. Só ano que vem.


Karlsruhe 1 x 4 Bayern - BUNDESLIGA - 23/09/2007
(primeiro gol do Bayern)

Em tempo: entra Deivid, sai Love

Quantos passes como este do Alex seriam necessários para que o Vágner Love fizesse coisa parecida?

Enquanto este blog aguarda a resposta de Dunga, vale dar nova olhada no golaço que fez surtarem torcedores e narrador turcos.


Fenerbahce 1 x 0 Inter - UEFA Champions League - 19/09/2007

Primeiro Conselho

por David Coimbra (Zero Hora)

Observo o Bernardo enquanto ele dorme. De vez em quando um sorriso se abre em seu rostinho. Sonha com algo bom, decerto. Imagino qual deva ser o tema do sonho agradável de um nenê de um mês de idade. Leite jorrando às catadupas de seios voejantes. Uma banheira cheia de complemento morninho, meu garoto adora complemento morninho. E bicos cobertos de funchicória, claro.

Fica por aí. Nenês de um mês não têm muitas outras atividades de lazer. Foi por isso que resolvi ter uma conversa séria com ele no dia 18, quando o Bernardo fez exatos 30 dias. Diziam que ele me compreendia quando estava dentro da barriga. Agora, então, sem nada entre nós, cara a cara, olho no olho, obviamente que vamos nos entender muito melhor. Peguei-o no colo e comecei a falar.

- Seguinte, cara: tu estás fazendo 30 dias. Um mês. Não é pouco tempo. Com um mês de trabalho, a gente ganha um salário inteiro. Em um mês, uma paixão pode nascer, morrer e transformar-se em ódio. Um império cai em um mês, um time vai para a segunda divisão, trinta reputações podem ser destruídas em um único mês! Ele me olhava com muita atenção. Respirei fundo. Prossegui:

- Mesmo assim, um mês é pouco, comparado a quem, como teu pai aqui, tem anos de experiência. Anos, compreende? Dezenas de mês, não um só.

Pela forma como ele chupou o bico, vi que entendia. Fui em frente:

- Portanto, preste atenção, rapaz. Preste atenção!

Fiz uma pausa para causar impacto. Ele arregalou ainda mais os olhos. Arrematei:

- A vida não é só tetas, meu! Não é só tetas! Há muito mais pela frente. Esse pode ser um mundo bom, rapaz. Pode, sim. Basta que você não fique obcecado, como parece, por tetas, tetas, tetas. Abra sua mente, rapaz!

Tenho a impressão de que ele tentou bater palminhas, em aprovação. Espero que tenha absorvido bem esse primeiro conselho que recebeu na vida.

Leitura obrigatória para a turma do formulismo

Trecho do excelente Blogol, assinado pelo André Kfouri:

- O campeonato de pontos corridos (aquele que não "pega" no Brasil porque "não faz parte da nossa cultura") acaba de bater novo recorde de público: 23.434 em média.

Referência à última rodada do Brasileirão.

E que Deus proíba a volta do formulismo.

GRE-NAL emocionante, após o jogo

Paulo Pelaipe ironizou as declarações de Vitório Piffero acerca do êxito colorado na briga por Nilmar, afirmando que o presidente do Inter motivou os gremistas. Pelaipe ainda completou, chamando Piffero de Vitorino, a Rainha Virgem: não ganha GRE-NAL.

Talvez o dirigente gremista tenha confundido a Rainha Vitória com a Rainha Elizabeth I; mesmo assim, Piffero não deixou por menos:

Vou deixar o Pelaipe LIVRE por enquanto, alusão à citação de seu nome por Renato Duprat, empresário envolvido com o caso MSI/Corinthians, em um dos telefonemas grampeados pela PF na Operação PERESTROIKA.

Um pouco menos polêmico e mais divertido foi o comentário de Paulo Odone, sobre Léo (zagueiro do Grêmio, melhor em campo e autor do gol):

É o nosso Beckenbauer, esse não sai daqui, jogou pra torcida.

PENTACAMPEÃO

Começo a achar que têm razão os que dizem que o São Paulo deveria jogar algum campeonato europeu, quem sabe a BUNDESLIGA. Já tinha uma mão na taça, agora tem as duas; só lhe falta gritar EU TE AMO, JARDIM IRENE, e erguer o caneco.

Desde o ano passado que atribuo a recente hegemonia tricolor ao péssimo nível dos últimos campeonatos. Contudo, o SAN-SÃO me convenceu de que o virtual campeão de 2007 tem lá os seus méritos.

Foi, disparado, a melhor atuação do campeonato. FUTEBOL, eles jogaram futebol. E bom futebol, como o que jogam na BUNDESLIGA. Pressionando a saída de bola, tocando de primeira, criando boas chances de gol. Jogadas bonitas, eu nem lembrava que existia isso em português.

Pena que não foi só o conjunto do São Paulo que saltou aos olhos. Breno e Hernanes também saltaram. Digo PENA porque não foi a primeira vez que o fizeram; já vêm o fazendo há tempo, e, com isso, têm seus dias contados no futebol brasileiro. Segue o dilema do torcedor indigente:

Se o time tem jogador bom, esse vai pra longe, se tem jogador ruim, o time é quem vai... talvez seja por isso que o Tabata continua no banco.

LUXA pior que PET

Tentei, mas não consegui entender a atuação do técnico do Santos no clássico de hoje. O São Paulo já AMASSAVA o adversário na primeira etapa da partida. Marcando em cima, não deixando a equipe santista respirar, o primeiro gol estava anunciado. Entretanto, Wanderley Luxemburgo preferiu persistir com o preguiçoso time do primeiro tempo, que tinha Petkovic entre os piores - totalmente entregue à marcação.

Chamou-me a atenção a teimosia, sobretudo, porque a principal virtude de Luxemburgo é a ousadia para mexer no time, por vezes, ainda no primeiro tempo. Portanto não acho que tenha lhe faltado coragem para sacar Petkovic ou Pedrinho, para citar dois destaques negativos do Peixe.

Qualquer espectador imparcial percebia a necessidade de uma mudança drástica. Não seria exagero trocar três jogadores de uma vez no intervalo.

Deixou pra fazê-lo passados 15 minutos do segundo tempo, quando já perdia por 2 a 0. Substituiu, de uma vez, Pet, Pedrinho e Marcos Aurélio; entraram Vitor Júnior, Moraes e Rodrigo Tabata.

Melhorou, mas foi tarde. Tabata ainda acabou com os 987 minutos de Rogério Ceni e cia. sem sofrer gols. É curioso que se deixe por tanto tempo o bom Rodrigo Tabata a assistir, do banco, ao fracasso dos colegas.