sábado, 16 de dezembro de 2006
Revival no Turkey Day.
80 mil pessoas lotaram o Arrowhead Stadium para assistir à vitória dos Chiefs por 19 a 10 frente aos Broncos, na grande festa da NFL, realizada em Kansas City, no Thansgiving Day. A partida, contudo, foi ofuscada pelo memorável show do intervalo. John Fogerty e banda, relembraram os grandes momentos do Creedence Clearwater Revival, com um medley extraordinário: Down on the Corner, Proud Mary, Bad Moon Rising e Fortunate Son (trilha sonora de Forest Gump), fechando com chave de ouro. Quem viu, viu.
quarta-feira, 13 de dezembro de 2006
Golaço do campeonato.
Eis o gol mais bonito do Brasileirão 2006. Se assistíssemos ao lance em preto e branco, em meio aos lances do Brasil de 1970, seria difícil distinguí-lo - talvez, apenas, pelas corn rows de Dênis Marques, autor da pintura.
Atlético-PR 4 x 0 Paraná - Arena da Baixada, 28/10/2006.
Atlético-PR 4 x 0 Paraná - Arena da Baixada, 28/10/2006.
quarta-feira, 29 de novembro de 2006
Decisão na Série C.
Barueri e Ferroviário entram em campo, no Palestra Itália, daqui a pouco, às 20 horas e 30 minutos, para disputar a última vaga na Série B do ano que vem. Para o Barueri, que joga em casa, basta o empate para conseguir o acesso. Como jogar pelo empate é sempre temerário, meu palpite é que o clube do Ceará vença a partida. A partida não deve ser um primor de técnica, mas vale a pena assistir pela emoção garantida até os quarenta e tantos do segundo tempo. Portanto, se estiver em São Paulo, vá ao campo do Palmeiras: o ingresso deve ter um valor simbólico - de graça, para uma partida de futebol bem disputada. O Sportv irá transmitir o jogo para todo o Brasil.
terça-feira, 28 de novembro de 2006
Bernardinho garante Brasil nas semi.
Nesta madrugada, a equipe de Bernardinho enfrentou a Bulgária, invicta até então no mundial masculino de vôlei. Após uma atuação perfeita contra a Itália, o Brasil entrou confiante para confirmar a classificação para a fase final do mundial do Japão.
Somando-se a boa fase brasileira à notícia de que o time titular da Bulgária seria poupado, uma vez que já tinha assegurado a presença nas semifinais, poderíamos esperar uma vitória incontestável, exceto que isto não aconteceu. É possível que o próprio elenco brasileiro tenha acreditado nisto e se acomodado. O fato é que o Brasil custou a entrar no jogo, e viu sua classificação dificultada pelos reservas búlgaros, liderados pelo ponta Yordanov. Os brasileiros podem ter ficado impressionados com a incrível semelhança de Yordanov com o grande jogador italiano Andrea Sartoretti - titular da Azzurra por muitos anos. Semelhança inclusive no estilo de jogo e na mecânica do saque com a canhota, uma marca inconfundível de Sartoretti.
Foi a vez de Bernardinho mudar praticamente todo o time, no combate à apatia que tomava conta do sexteto brasileiro e que encaminhava o mesmo para uma derrota que complicaria o campeonato. Funcionou. Os reservas mudaram a cara do jogo, sobretudo o meio-de-rede Rodrigão, que deve ter assegurado um lugar entre os titulares, e o levantador Marcelo, decisivo para a reação. Entre os poucos titulares que continuaram no jogo, Giba foi o grande destaque mais uma vez, sendo um concorrente sério para levar o prêmio de melhor jogador do campeonato.
O impressionante nisso tudo é como o Brasil, mesmo jogando mal, vence. Poucos se dão conta, mas a seleção masculina de vôlei, enquanto comandada por Bernardinho, NUNCA ficou de fora de um pódio. 20 campeonatos ao todo, 16 vezes campeã, 3 vezes vice e 1 única vez ficou em terceiro lugar. Espero que prestem a atenção nesta marca histórica quando o time não vencer, o que é bastante aceitável que venha a acontecer logo - não me levem a mal, torço pelo Brasil, mas nunca vi tamanha hegemonia no esporte coletivo. Desafio alguém a achar uma superioridade tão significativa no esporte coletivo moderno.
Ainda assim, enquanto o Brasil continuar ganhando no vôlei masculino e contrariando à lógica da competitividade dos esportes de alto rendimento, continuemos a celebrar, pasmos, o fenômeno.
Somando-se a boa fase brasileira à notícia de que o time titular da Bulgária seria poupado, uma vez que já tinha assegurado a presença nas semifinais, poderíamos esperar uma vitória incontestável, exceto que isto não aconteceu. É possível que o próprio elenco brasileiro tenha acreditado nisto e se acomodado. O fato é que o Brasil custou a entrar no jogo, e viu sua classificação dificultada pelos reservas búlgaros, liderados pelo ponta Yordanov. Os brasileiros podem ter ficado impressionados com a incrível semelhança de Yordanov com o grande jogador italiano Andrea Sartoretti - titular da Azzurra por muitos anos. Semelhança inclusive no estilo de jogo e na mecânica do saque com a canhota, uma marca inconfundível de Sartoretti.
Foi a vez de Bernardinho mudar praticamente todo o time, no combate à apatia que tomava conta do sexteto brasileiro e que encaminhava o mesmo para uma derrota que complicaria o campeonato. Funcionou. Os reservas mudaram a cara do jogo, sobretudo o meio-de-rede Rodrigão, que deve ter assegurado um lugar entre os titulares, e o levantador Marcelo, decisivo para a reação. Entre os poucos titulares que continuaram no jogo, Giba foi o grande destaque mais uma vez, sendo um concorrente sério para levar o prêmio de melhor jogador do campeonato.
O impressionante nisso tudo é como o Brasil, mesmo jogando mal, vence. Poucos se dão conta, mas a seleção masculina de vôlei, enquanto comandada por Bernardinho, NUNCA ficou de fora de um pódio. 20 campeonatos ao todo, 16 vezes campeã, 3 vezes vice e 1 única vez ficou em terceiro lugar. Espero que prestem a atenção nesta marca histórica quando o time não vencer, o que é bastante aceitável que venha a acontecer logo - não me levem a mal, torço pelo Brasil, mas nunca vi tamanha hegemonia no esporte coletivo. Desafio alguém a achar uma superioridade tão significativa no esporte coletivo moderno.
Ainda assim, enquanto o Brasil continuar ganhando no vôlei masculino e contrariando à lógica da competitividade dos esportes de alto rendimento, continuemos a celebrar, pasmos, o fenômeno.
sábado, 25 de novembro de 2006
7 decisões na Série B.
Começa, logo mais, a última rodada da série B do Brasileirão, prometendo fortes emoções. O campeonato por pontos corridos tem sido criticado pelo torcedor brasileiro, que sente falta da FINAL. Pois estão programadas para às 16 horas de hoje, nada menos que SETE FINAIS. Serão dez jogos no total da rodada, sete deles decisivos para os 8 times que ainda brigam, ou pelo acesso, ou para escapar do rebaixamento.
O América de Natal, com 60 pontos, tem a difícil tarefa de vencer ou empatar com o campeão da Segundona, o Atlético-MG, no Mineirão, enquanto o Paulista, com 58 pontos, precisa vencer o Brasiliense, também fora de casa, para subir.
E que cenário fantástico na zona de rebaixamento: ninguém foi rebaixado de véspera, e seis clubes chegam à rodada final com a responsabilidade de escapar. São eles: Vila Nova (42 pontos), Portuguesa (42 pontos), CRB (41 pontos), Paysandu (41 pontos), Guarani (41 pontos) e São Raimundo (40 pontos).
Confiram agora as finais do campeonato:
Brasiliense x Paulista
Atlético-MG x América-RN
Paysandu x Marília
CRB x Remo
Vila Nova x Guarani
Sport x Portuguesa
São Raimundo x Gama
Meu único palpite é que, se alguém apostou nos grandes vencedores da rodada, tem tudo para errar.
E não venham me dizer que não há emoção, e que não há finais nos campeonatos por pontos corridos.
O América de Natal, com 60 pontos, tem a difícil tarefa de vencer ou empatar com o campeão da Segundona, o Atlético-MG, no Mineirão, enquanto o Paulista, com 58 pontos, precisa vencer o Brasiliense, também fora de casa, para subir.
E que cenário fantástico na zona de rebaixamento: ninguém foi rebaixado de véspera, e seis clubes chegam à rodada final com a responsabilidade de escapar. São eles: Vila Nova (42 pontos), Portuguesa (42 pontos), CRB (41 pontos), Paysandu (41 pontos), Guarani (41 pontos) e São Raimundo (40 pontos).
Confiram agora as finais do campeonato:
Brasiliense x Paulista
Atlético-MG x América-RN
Paysandu x Marília
CRB x Remo
Vila Nova x Guarani
Sport x Portuguesa
São Raimundo x Gama
Meu único palpite é que, se alguém apostou nos grandes vencedores da rodada, tem tudo para errar.
E não venham me dizer que não há emoção, e que não há finais nos campeonatos por pontos corridos.
sexta-feira, 24 de novembro de 2006
Rumo a Pequim.
Não sou muito afeito a jogos de vôlei, mas como fiquei alerta até às 6 da manhã no último dia 16 para ver Brasil e Rússia, final do mundial feminino no Japão, me dou o direito de comentar, sobretudo pelas besteiras que andei ouvindo.
Sem a pretensão de entrar no mérito tático do jogo, qualquer um pôde perceber o domínio brasileiro durante o jogo, pecando em alguns momentos pela inexperiência e pela ausência de um meio-de-rede mais competitivo. Walewska teve uma atuação apagada, deixando o jogo pelas pontas muito marcado pelo bloqueio - principal arma da equipe russa. E, mesmo com a forte marcaçao do bloqueio russo, Sheilla e Jaqueline fizeram ótima partida, sendo, ao lado da gigante russa Gamova, as melhores da final.
Sheilla, a maior pontuadora pelo lado brasileiro (22 pontos) teve a personalidade de chamar o jogo nos pontos decisivos; acabou errando em dois pontos importantes, no segundo set e no tie-break. É possível que a atleta tenha se afobado pela inexperiência, SIM, nestas duas jogadas específicas. NÃO é possível que se diga que o time brasileiro perdeu por não ser tão "frio" quanto o time russo. Quem desferiu tal comentário, baseou-se apenas no histórico das equipes russas, tradicionalmente muito concentradas, inabaláveis emocionalmente; não assistiu aos primeiros sets da partida, quando as russas demonstraram incrível fraqueza ao cometerem muitos erros de passe, pior fundamento desta seleção.
O que importa é que a seleção brasileira feminina parece estar caminhando no mesmo sentido da seleção masculina. Não que vá ter tamanha hegemonia, algo impensável nos tempos atuais, devido aos avanços físicos e à competitividade - o time de Bernardinho é realmente um fenômeno a ser estudado -, mas o time feminino é jovem e tem tudo para chegar como favorito nas próximas Olimpíadas.
Sem a pretensão de entrar no mérito tático do jogo, qualquer um pôde perceber o domínio brasileiro durante o jogo, pecando em alguns momentos pela inexperiência e pela ausência de um meio-de-rede mais competitivo. Walewska teve uma atuação apagada, deixando o jogo pelas pontas muito marcado pelo bloqueio - principal arma da equipe russa. E, mesmo com a forte marcaçao do bloqueio russo, Sheilla e Jaqueline fizeram ótima partida, sendo, ao lado da gigante russa Gamova, as melhores da final.
Sheilla, a maior pontuadora pelo lado brasileiro (22 pontos) teve a personalidade de chamar o jogo nos pontos decisivos; acabou errando em dois pontos importantes, no segundo set e no tie-break. É possível que a atleta tenha se afobado pela inexperiência, SIM, nestas duas jogadas específicas. NÃO é possível que se diga que o time brasileiro perdeu por não ser tão "frio" quanto o time russo. Quem desferiu tal comentário, baseou-se apenas no histórico das equipes russas, tradicionalmente muito concentradas, inabaláveis emocionalmente; não assistiu aos primeiros sets da partida, quando as russas demonstraram incrível fraqueza ao cometerem muitos erros de passe, pior fundamento desta seleção.
O que importa é que a seleção brasileira feminina parece estar caminhando no mesmo sentido da seleção masculina. Não que vá ter tamanha hegemonia, algo impensável nos tempos atuais, devido aos avanços físicos e à competitividade - o time de Bernardinho é realmente um fenômeno a ser estudado -, mas o time feminino é jovem e tem tudo para chegar como favorito nas próximas Olimpíadas.
terça-feira, 21 de novembro de 2006
Ousadia de Dunga no último desafio de 2006.
Brasil e Suiça foi o último amistoso da seleção brasileira de futebol em 2006. O jogo ocorreu no dia 15 de novembro, semana passada. Alguém lembra do resultado? Poucos devem lembrar-se que o time comandado por Dunga venceu por 2 a 1. Luizão e Kaká anotaram para o Brasil, enquanto Maicon descontou com um gol contra.
O esquecimento nacional se deve à falta de motivação em acompanhar a seleção brasileira. Muito se deve à distância entre o time e o país - em 2006, o Brasil não jogou partida sequer no Brasil. Mas o desempenho patético na Copa da Alemanha certamente é o grande responsável por esta desmotivação.
Talvez preocupado em retomar a atenção do público, o técnico Dunga resolveu ousar. Alguns queriam ver Robinho, Ronaldinho e Kaká jogando juntos. Não, isso não aconteceu. A crônica esportiva, em parte, até acusou-o de conservador, atentando apenas para a escalação do time.
De fato, o time de Dunga se postou e se portou bastante conservador no campo, muito cauteloso, valorizando o resultado, sem a pretensão de dar show. Mas não estou falando de futebol; Dunga ousou ao aparecer vestindo uma cota de malha, traje de metal utilizado para proteção do corpo, típica dos exércitos medievais.
A combinação da cota de malha com o paletó, mais a gravata no bolso do paletó, nos deixa uma certeza e uma dúvida; a certeza de que não lhe faltará ousadia para escalar Robinho, Ronaldinho e Kaká, juntos; e a dúvida: qual será a próxima fantasia de Carlos Caetano Bledorn Verri?
O esquecimento nacional se deve à falta de motivação em acompanhar a seleção brasileira. Muito se deve à distância entre o time e o país - em 2006, o Brasil não jogou partida sequer no Brasil. Mas o desempenho patético na Copa da Alemanha certamente é o grande responsável por esta desmotivação.
Talvez preocupado em retomar a atenção do público, o técnico Dunga resolveu ousar. Alguns queriam ver Robinho, Ronaldinho e Kaká jogando juntos. Não, isso não aconteceu. A crônica esportiva, em parte, até acusou-o de conservador, atentando apenas para a escalação do time.
De fato, o time de Dunga se postou e se portou bastante conservador no campo, muito cauteloso, valorizando o resultado, sem a pretensão de dar show. Mas não estou falando de futebol; Dunga ousou ao aparecer vestindo uma cota de malha, traje de metal utilizado para proteção do corpo, típica dos exércitos medievais.
A combinação da cota de malha com o paletó, mais a gravata no bolso do paletó, nos deixa uma certeza e uma dúvida; a certeza de que não lhe faltará ousadia para escalar Robinho, Ronaldinho e Kaká, juntos; e a dúvida: qual será a próxima fantasia de Carlos Caetano Bledorn Verri?
sábado, 18 de novembro de 2006
terça-feira, 14 de novembro de 2006
Ilsinho, antes tarde!
Avisei sobre o Ilsinho, assim que chegou ao São Paulo, ainda pouco conhecido.
Agora, faltando 3 rodadas para o término do Brasileirão, o lateral do tricolor está cotado para levar o prêmio de revelação do campeonato - será difícil, em função da ampla concorrência: Lucas (Grêmio), Wágner (Cruzeiro), Bruno (Flamengo), Marcelo (Fluminense), entre outros, inclusive que já deixaram o futebol brasileiro, como Ângelo (Paraná) e Jônatas (Flamengo) -, e deverá levar o voto de muitos para a lateral-direita da seleção do campeonato.
Surpresa para muitos, não para quem acompanha o dia-a-dia no clube e, certamente, não para a diretoria que contratou o jovem atleta, então desvalorizado pela diretoria do Palmeiras. Ponto para os cartolas do Morumbi que perceberam o enorme potencial ofensivo que Ilsinho vem confirmando rodada após rodada.
Entretanto, apesar das boas atuações recentes, em que o jogador tem sido determinante para as vitórias do líder da série A, Ilsinho conquistou a titularidade por um acaso. Com as lesóes de Reasco e a mudança no sistema de jogo (3-5-2 para 4-4-2), o atleta passou a ser a única opção de Muricy Ramalho, treinador que relutou até escalar o jovem, alegando inexperiência e deficiência defensiva.
Seria possível que há 2 meses, Ilsinho não fosse este jogador decisivo a que estamos assistindo a cada partida? Personalidade não se compra. E nem se desenvolve em tão pocuo tempo. Faltou ousadia a Muricy Ramalho, que deveria ter escalado o jogador já na segunda partida das finais da Libertadores, uma vez que o Internacional de Abel Braga foi dominante no primeiro confronto, quando Muricy adotou o conservador esquema 3-5-2. Mesmo restando poucas alternativas para impedir a festa colorada, Muricy preferiu persistir no erro do 3-5-2, não apresentando surpresa alguma ao adversário e, como se isso não fosse o suficiente para o fracasso, ainda escalou o temérário Richarlyson no lugar de Josué (expulso no primeiro jogo).
O pior é que agora Muricy quer ser o pai da criança, tentando convencer a si próprio de que o jogador está se desenvolvendo mental e taticamente num ritmo alucinante, graças à sua faculdade de formar jovens talentos.
Agora, faltando 3 rodadas para o término do Brasileirão, o lateral do tricolor está cotado para levar o prêmio de revelação do campeonato - será difícil, em função da ampla concorrência: Lucas (Grêmio), Wágner (Cruzeiro), Bruno (Flamengo), Marcelo (Fluminense), entre outros, inclusive que já deixaram o futebol brasileiro, como Ângelo (Paraná) e Jônatas (Flamengo) -, e deverá levar o voto de muitos para a lateral-direita da seleção do campeonato.
Surpresa para muitos, não para quem acompanha o dia-a-dia no clube e, certamente, não para a diretoria que contratou o jovem atleta, então desvalorizado pela diretoria do Palmeiras. Ponto para os cartolas do Morumbi que perceberam o enorme potencial ofensivo que Ilsinho vem confirmando rodada após rodada.
Entretanto, apesar das boas atuações recentes, em que o jogador tem sido determinante para as vitórias do líder da série A, Ilsinho conquistou a titularidade por um acaso. Com as lesóes de Reasco e a mudança no sistema de jogo (3-5-2 para 4-4-2), o atleta passou a ser a única opção de Muricy Ramalho, treinador que relutou até escalar o jovem, alegando inexperiência e deficiência defensiva.
Seria possível que há 2 meses, Ilsinho não fosse este jogador decisivo a que estamos assistindo a cada partida? Personalidade não se compra. E nem se desenvolve em tão pocuo tempo. Faltou ousadia a Muricy Ramalho, que deveria ter escalado o jogador já na segunda partida das finais da Libertadores, uma vez que o Internacional de Abel Braga foi dominante no primeiro confronto, quando Muricy adotou o conservador esquema 3-5-2. Mesmo restando poucas alternativas para impedir a festa colorada, Muricy preferiu persistir no erro do 3-5-2, não apresentando surpresa alguma ao adversário e, como se isso não fosse o suficiente para o fracasso, ainda escalou o temérário Richarlyson no lugar de Josué (expulso no primeiro jogo).
O pior é que agora Muricy quer ser o pai da criança, tentando convencer a si próprio de que o jogador está se desenvolvendo mental e taticamente num ritmo alucinante, graças à sua faculdade de formar jovens talentos.
segunda-feira, 30 de outubro de 2006
Mais sorte que juízo no futebol carioca.
A necessidade de um planejamento se torna cada vez mais evidente no futebol, basta uma rápida olhada na tabela do brasileirão série A. Os times em que se nota um planejamento, uma continuidade no trabalho, aparecem na ponta da tabela. São Paulo, Grêmio e Internacional não estão entre os líderes por um acaso, não montaram seus times da noite para o dia e, no atual momento do futebol brasileiro, clubes como estes levam imensa vantagem sobre aqueles que tomam decisões precipitadas, baseadas muito mais num feeling sobre o que pode dar um retorno positivo imediato - quase milagroso - que numa pesquisa meticulosa.
É justamente por isso que me surpreendem as campanhas de Vasco e Flamengo, que, seguido, dão demonstrações de falta de planejamento. Assisti apenas aos melhores momentos do clássico que fizeram na última rodada, mas foi o suficiente para ver que tratou-se de um jogo muito bem disputado, repleto de chances de gol (é raro, neste campeonato, que os melhores momentos durem mais que um minuto). O Vasco venceu de virada por 3 a 1, no que, suponho, tenha sido um resultado enganoso, pelo equilíbrio de oportunidades.
Além destes, entra no grupo dos cariocas que me surpreendem, o Botafogo, que já briga por uma vaga na Libertadores. Já pensou? Flamengo (já garantido), Vasco da Gama (com grandes chances) e Botafogo (com chances razoáveis) na Libertadores 2007. Sintomas de competência administrativa? Dificilmente. Alerto aos torcedores cariocas para o péssimo nível técnico do campeonato - senão o pior, um dos, na história recente. O torcedor não está nem aí pra isso e só quer saber de tocar flauta no Fluminense? Tudo bem, que o faça, mas não cometa o desatino de apostar todas suas fichas na próxima temporada. Que bom se os dirigentes aproveitassem o bom momento para estudar formas de reparar problemas estruturais e alternativas para 2007, se adiantando em relação aos demais, evitando assim os erros de sempre. É possível que o presidente do Botafogo, Bebeto de Freitas, esteja mobilizado neste sentido, mas a preocupação com o futuro passa longe das sedes de Vasco e Flamengo. Tanto em São Januário, quanto na Gávea, os dirigentes devem estar dando graças aos deuses do futebol, por seus times terem apresentado sensível melhora técnica e estarem salvos do rebaixamento. Kléber Leite, vice-presidente do Fla, já garantiu estar confiante para a Libertadores com os jogadores que o clube dispõe, e Eurico Miranda, que dispensa apresentação, está com a cabeça nas eleições para a presidência do clube - o ex-deputado corre sério risco de perder sua hegemonia na diretoria do Vasco para o ídolo vascaíno, Roberto Dinamite.
De acordo com esta projeção, é provável que, quando os dirigentes se derem conta, estarão diante da temporada 2007. Nada que a contratação milionária de um atacante veterano não resolva. Num leve exercício de memória, logo surgem alguns nomes:
Dimba... Viola... Donizete (o Pantera)...
Aceito sugestões no blog.
É justamente por isso que me surpreendem as campanhas de Vasco e Flamengo, que, seguido, dão demonstrações de falta de planejamento. Assisti apenas aos melhores momentos do clássico que fizeram na última rodada, mas foi o suficiente para ver que tratou-se de um jogo muito bem disputado, repleto de chances de gol (é raro, neste campeonato, que os melhores momentos durem mais que um minuto). O Vasco venceu de virada por 3 a 1, no que, suponho, tenha sido um resultado enganoso, pelo equilíbrio de oportunidades.
Além destes, entra no grupo dos cariocas que me surpreendem, o Botafogo, que já briga por uma vaga na Libertadores. Já pensou? Flamengo (já garantido), Vasco da Gama (com grandes chances) e Botafogo (com chances razoáveis) na Libertadores 2007. Sintomas de competência administrativa? Dificilmente. Alerto aos torcedores cariocas para o péssimo nível técnico do campeonato - senão o pior, um dos, na história recente. O torcedor não está nem aí pra isso e só quer saber de tocar flauta no Fluminense? Tudo bem, que o faça, mas não cometa o desatino de apostar todas suas fichas na próxima temporada. Que bom se os dirigentes aproveitassem o bom momento para estudar formas de reparar problemas estruturais e alternativas para 2007, se adiantando em relação aos demais, evitando assim os erros de sempre. É possível que o presidente do Botafogo, Bebeto de Freitas, esteja mobilizado neste sentido, mas a preocupação com o futuro passa longe das sedes de Vasco e Flamengo. Tanto em São Januário, quanto na Gávea, os dirigentes devem estar dando graças aos deuses do futebol, por seus times terem apresentado sensível melhora técnica e estarem salvos do rebaixamento. Kléber Leite, vice-presidente do Fla, já garantiu estar confiante para a Libertadores com os jogadores que o clube dispõe, e Eurico Miranda, que dispensa apresentação, está com a cabeça nas eleições para a presidência do clube - o ex-deputado corre sério risco de perder sua hegemonia na diretoria do Vasco para o ídolo vascaíno, Roberto Dinamite.
De acordo com esta projeção, é provável que, quando os dirigentes se derem conta, estarão diante da temporada 2007. Nada que a contratação milionária de um atacante veterano não resolva. Num leve exercício de memória, logo surgem alguns nomes:
Dimba... Viola... Donizete (o Pantera)...
Aceito sugestões no blog.
sábado, 28 de outubro de 2006
O advento da auto-entrevista: nova galhofa de Palaia.
Não satisfeito em surpreender a todos com suas respostas, o diretor de futebol do Palmeiras tomou a decisão de fazer também as perguntas, ao convocar a imprensa nesta quinta-feira, criando assim o conceito da auto-entrevista. Ou seja, Salvador Hugo Palaia agora bate o escanteio e vai pra área cabecear.
Os mais distraídos podem não perceber o significado histórico deste disparate: os cursos de jornalismo terão seus currículos alterados, com disciplinas de auto-entrevistas; quem sabe até convidem Salvador Palaia para ser professor; seria, certamente, a aula mais divertida.
Mas passemos ao conteúdo da entrevista: o palmeirense começou explicando que suas perguntas tinham por objetivo esclarecer "coisas" que ouvira nos últimos dias. Em primeiro lugar, deixou claro que ficou muito satisfeito com o clássico - Corinthinas e Palmeiras teriam honrado suas tradições (Deus me livre!). Na seqüência, perguntou o que faltava para que o Palmeiras saísse desta situação. Na sua visão só estaria faltando ganhar os jogos - depois que "gol" virou detalhe, "vencer" passou a ser também um detalhe no futebol. Outra pergunta bolada por Palaia: se ele acreditava que o time não seria rebaixado. Palaia respondeu com veemência ter a certeza de que isso não ocorrerá. E, talvez, para explicar de onde tirou tanta certeza, o dirigente encerrou sua auto-entrevista, apresentando o gerente de futebol Ílton José da Costa, que deu uma explanação sobre o planejamento do clube para 2007.
Nada que se compare às declarações de Palaia, mas vale nossa atenção pela veia cômica do gerente: ele garantiu que o clube está preparado para o próximo ano e já tem uma idéia de quando, mais ou menos, começa o campeonato paulista de 2007. Além de apresentar este completo plano de gestão para o futuro, Ílton José foi categórico ao afirmar que o time poderia muito bem estar entre as primeiras posições do campeonato nacional.
Fazendo uma rápida análise, sou obrigado a dar razão ao Ílton, concordando com o que disse o jornalista Antero Greco: com este planejamento o Palmeiras poderá muito bem estar entre as primeiras posições do campeonato nacional do ano que vem, só que na série B.
Os mais distraídos podem não perceber o significado histórico deste disparate: os cursos de jornalismo terão seus currículos alterados, com disciplinas de auto-entrevistas; quem sabe até convidem Salvador Palaia para ser professor; seria, certamente, a aula mais divertida.
Mas passemos ao conteúdo da entrevista: o palmeirense começou explicando que suas perguntas tinham por objetivo esclarecer "coisas" que ouvira nos últimos dias. Em primeiro lugar, deixou claro que ficou muito satisfeito com o clássico - Corinthinas e Palmeiras teriam honrado suas tradições (Deus me livre!). Na seqüência, perguntou o que faltava para que o Palmeiras saísse desta situação. Na sua visão só estaria faltando ganhar os jogos - depois que "gol" virou detalhe, "vencer" passou a ser também um detalhe no futebol. Outra pergunta bolada por Palaia: se ele acreditava que o time não seria rebaixado. Palaia respondeu com veemência ter a certeza de que isso não ocorrerá. E, talvez, para explicar de onde tirou tanta certeza, o dirigente encerrou sua auto-entrevista, apresentando o gerente de futebol Ílton José da Costa, que deu uma explanação sobre o planejamento do clube para 2007.
Nada que se compare às declarações de Palaia, mas vale nossa atenção pela veia cômica do gerente: ele garantiu que o clube está preparado para o próximo ano e já tem uma idéia de quando, mais ou menos, começa o campeonato paulista de 2007. Além de apresentar este completo plano de gestão para o futuro, Ílton José foi categórico ao afirmar que o time poderia muito bem estar entre as primeiras posições do campeonato nacional.
Fazendo uma rápida análise, sou obrigado a dar razão ao Ílton, concordando com o que disse o jornalista Antero Greco: com este planejamento o Palmeiras poderá muito bem estar entre as primeiras posições do campeonato nacional do ano que vem, só que na série B.
quinta-feira, 26 de outubro de 2006
A derrota seria o resultado mais justo.
Derrota para Corinthians e Palmeiras no clássico dos desesperados.
Se viu muita vontade no início do jogo, mas o árbitro Sálvio Spinola tratou de inibir quaisquer jogadas mais ríspidas ao distribuir cartões amarelos a todo o lado, logo nos primeiros minutos de jogo - uma estratégia arriscada mas que acabou dando certo para o árbitro: o jogo acabou sem qualquer case de indisciplina.
E, da mesma forma, sem muitos cases de habilidade, salvo uma grande jogada do Marcinho Guerreiro (!), aos 20 do segundo tempo. Pelo contrário, muitos foram os passes errados; neste quesito, o meia Valdívia se destacou, tendo acertado apenas um passe em todo o jogo - o jogador chegou ao Palmeiras com o apelido "el mago", o que me fez pensar: ou Valdívia era outro jogador no Chile, ou eu ainda tenho chances no futebol chileno. Outro destaque negativo foi Edmundo, que por vezes descia ao meio-campo com o intuito de "buscar o jogo", mas acabava desarmando os colegas de time e perdendo a bola. Ainda falando de ex-jogadores, Amoroso mais uma vez decepcionou, tendo participado muito pouco da partida.
De positivo, além do Marcinho Guerreiro, podem ser mencionadas as atuações de Marcelo Mattos, autor do único gol da partida, e de ambos os goleiros.
O gol da vitória veio de uma bola parada, como não poderia deixar de ser num jogo de nível técnico tão baixo, quando os dois times pareciam estar satisfeitos com o empate.
Apesar de péssimo futebol apresentado, Leão se mostrou satisfeito com o que viu, dando nota 10 a si mesmo e aparentando um controle absoluto dos fatos futuros. Pelo lado palmeirense, o diregente Salvador Hugo Palaia também ficou muito satisfeito com o que viu, merecendo um artigo inteiro só para ele, a seguir.
Se viu muita vontade no início do jogo, mas o árbitro Sálvio Spinola tratou de inibir quaisquer jogadas mais ríspidas ao distribuir cartões amarelos a todo o lado, logo nos primeiros minutos de jogo - uma estratégia arriscada mas que acabou dando certo para o árbitro: o jogo acabou sem qualquer case de indisciplina.
E, da mesma forma, sem muitos cases de habilidade, salvo uma grande jogada do Marcinho Guerreiro (!), aos 20 do segundo tempo. Pelo contrário, muitos foram os passes errados; neste quesito, o meia Valdívia se destacou, tendo acertado apenas um passe em todo o jogo - o jogador chegou ao Palmeiras com o apelido "el mago", o que me fez pensar: ou Valdívia era outro jogador no Chile, ou eu ainda tenho chances no futebol chileno. Outro destaque negativo foi Edmundo, que por vezes descia ao meio-campo com o intuito de "buscar o jogo", mas acabava desarmando os colegas de time e perdendo a bola. Ainda falando de ex-jogadores, Amoroso mais uma vez decepcionou, tendo participado muito pouco da partida.
De positivo, além do Marcinho Guerreiro, podem ser mencionadas as atuações de Marcelo Mattos, autor do único gol da partida, e de ambos os goleiros.
O gol da vitória veio de uma bola parada, como não poderia deixar de ser num jogo de nível técnico tão baixo, quando os dois times pareciam estar satisfeitos com o empate.
Apesar de péssimo futebol apresentado, Leão se mostrou satisfeito com o que viu, dando nota 10 a si mesmo e aparentando um controle absoluto dos fatos futuros. Pelo lado palmeirense, o diregente Salvador Hugo Palaia também ficou muito satisfeito com o que viu, merecendo um artigo inteiro só para ele, a seguir.
Assinar:
Postagens (Atom)